Foi a inexistência de um projecto desta natureza em Portugal que motivou a criação da Conservation Practice: uma empresa de serviços técnicos exclusivamente orientados para a actuação no património construído.
Conservation practice significa práctica ou exercício da conservação, isto é, o acto de intervir no património construído com o intuito de o preservar para as gerações futuras. Refere-se também a um gabinete de arquitectura (architectural practice) vocacionado para a intervenção no património construído. Foi precisamente a inexistência de um projecto desta natureza em Portugal que motivou a sua criação: uma empresa de serviços técnicos exclusivamente orientados para a actuação no património.
Focamos os nossos serviços em duas ideias base:
- O património construído tem uma dimensão económica significativa, por via da atracção turística que gera e que, por sua vez, potencia a actividade dos agentes económicos locais e o desenvolvimento das economias envolventes. Entendemos que os recursos culturais são importantes activos das comunidades cujo valor económico e social deve ser potenciado. Neste sentido, a Conservation Practice está especialmente vocacionada para o desenvolvimento de estudos de impacto económico e social, viabilidade estratégica e financeira, posicionamento e análise de mercado de projectos patrimoniais de média e grande escala.
- A actual política de intervenção no património construído é reactiva e não preventiva, desperdiçando-se assim importantes e escassos recursos num modelo ultrapassado de gestão patrimonial. O modelo que defendemos assenta na conservação programada, preventiva e de pequena escala que permite actuar atempadamente, com intervenções simples e de baixo custo. A Conservation Practice tem desenvolvido metodologias baseadas num modelo preventivo e planeado das intervenções, nomeadamente através do desenvolvimento de planos de manutenção para edifícios históricos e de um serviço de manutenção para monumentos.
"Conservar o património é uma responsabilidade perante as futuras gerações. Trata-se de assegurar a sobrevivência dos testemunhos directos dos nossos antecessores. Mas uma sociedade não deve ser estática, antes dinâmica. Importa pois gerir esta mudança."
José Maria Lobo de Carvalho
Arquitecto
Ao longo de 20 anos de percurso profissional no sector patrimonial, passei por algumas das mais importantes instituições nacionais - Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais (1997-2003) e Parques de Sintra - Monte da Lua, S.A. (2007-2013) - permitindo-me conhecer profundamente quer o sector público, como o mercado privado.
A experiência no levantamento e diagnóstico de mais de uma centena de imóveis em Portugal e no estrangeiro com o projecto da Carta de Risco do Património Arquitectónico, que coordenei entre 1999 e 2002, deu-me um conhecimento aprofundado sobre o comportamento e as patologias associadas aos edifícios históricos, bem como o desenvolvimento de ferramentas de levantamento e registo gráfico do seu estado de conservação. Mais tarde, a responsabilidade por algumas das mais importantes intervenções no Palácio Nacional da Pena e, sobretudo, como coordenador e autor do projecto de reconstrução do Chalet da Condessa d’Edla, permitiram-me adquirir competências na concepção, gestão e coordenação de obras de conservação e restauro, em parceria com importantes instituições nacionais e internacionais.
Foi com base nesta experiência que decidi em 2015 fundar a Conservation Practice, uma empresa de serviços e consultoria exclusivamente dedicada ao estudo, conservação e divulgação do património construído.